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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Cadê o orgulho de ser brasileiro?

Licínio Andrade Gonçalves


Li a publicação da amiga/irmã Giovanna Fonseca Beaumord, que contava algo que também vivemos: o orgulho de sermos brasileiros no exterior. Não vou enaltecer somente o Lula, pois ele foi a expressão de um anseio popular forjado a duras penas e lutas diárias contra uma política econômica e social excludente e elitista, m
as houve época que ser percebido como estrangeiro e se declarar brasileiro era quase um êxtase.

O Brasil era exemplo da superação das desigualdades e tínhamos a ousadia de sermos terceiro mundo com orgulho. O orgulho não residia em podermos viajar para o exterior, nem em ter acesso aos bem de consumo desejados, mas em vermos negros nas universidades, cidadãos das classes C e D viajando de avião, o trabalhador tendo direito a fazer um churrasco e comendo 3 (ou mais) vezes ao dia.

Qualquer cristão deveria se sentir orgulhoso disso. Mesmo para os pentecostais defensores da "teologia da prosperidade", um país assim deveria ser sinal da aprovação do deus que eles acreditam. Mas não, não basta eu estar bem, não basta eu ter minhas necessidades satisfeitas, na cabeça doentia de uma "elite do atraso" (segundo Jessé de Souza) o que importa é eu estar melhor que os outros. Meu filho, branco, poliglota e educado em um dos melhores colégios católicos de Minas Gerais, não poderia dividir assento nas Universidades Federais com negros e pobres. Isso tinha que acabar!

Leonardo Boff diz que "cada ponto de vista é a vista de um ponto". É justamente nessa hora que agradeço a graça divina, ao Deus que acredito, por ter me oportunizado duas coisa simultaneamente: ter a educação da classe média e a perspectiva dos pobres.

É por isso que postei a imagem abaixo. Tenho uma profunda vergonha de um povo autofágico, que prefere entrar para a história como o segundo país que mais matou gente durante a pandemia do que admitir que errou na escolha do presidente. Aproximadamente 1/4 da população brasileira ainda se ocupa da ginástica absurdamente exaustiva de defender o governo federal.

Por fim, me restam algumas certezas: 1ª estou certo, 2ª mais cedo ou mais tarde vamos sair dessa, 3ª se você acha bom o que está acontecendo ou é empresário, ou é iludido ou é burro mesmo!


Paz e Bem a todos!

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