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BLOG DO LICÍNIO

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Farmacêutico, Professor e Franciscano Secular

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ELEIÇÕES NA ERA DA INTERNET

Fica difícil começar, ou melhor, organizar as idéias e compor um quadro do que vi e vivi até o presente momento na campanha eleitoral deste ano.
É difícil ser imparcial, especialmente com a história de vida que tenho junto ao PT. Deixo claro, pois, que o presente texto foi elaborado sob a ótica de alguém que, ainda adolescente, fez campanha para Sandra Starling no início dos anos 80 e que continuou, mesmo não sendo filiado, a trabalhar voluntariamente para o Partido nas diversas disputas eleitorais. Que tocou no comício do Lula em 1989 e que pela primeira vez não vai votar nele para presidente (quem sabe na próxima eleição?).
Não quero, portanto, que achem que não tenho posição política (como vem sendo praticado pelos meios de comunicação social de maior impacto no Brasil).
Indo ao assunto, o que mais me estarreceu foi o bombardeio de e-mails difamatórios, piadinhas jocosas e que visavam demonizar a candidata petista, mesmo sem argumentos para santificar o candidato tucano. Perdi horas respondendo à maioria destes e-mails e ficando enojado com as calúnias e distorções de fatos históricos que vi.
Vi uma guerrilheira ser chamada de terrorista (confusão comum para quem está do outro lado da trincheira). Vi profecias póstumas e textos apocalípticos que, se fosse criança, me trariam dificuldade de dormir à noite. Ilógica total, brigando contra os fatos, quererem provar que o governo Lula levou o Brasil à desgraça. Vi aqueles que nunca fizeram nada além de olhar para o próprio umbigo criticarem programas sociais do Governo Federal, que retiraram da miséria absoluta brasileiro e fizeram cumprir a promessa (ou expectativa) do Presidente no discurso proferido após a confirmação da vitória no primeiro mandato: “...que cada brasileiro fizesse três refeições ao dia...”.
Quando se tornava clara a derrota do tucanato, os meios de comunicação acima citados, criam factóides (como diria Brizola) e alegam cerceamento da liberdade de imprensa. Esquecem-se, pois, que durante o governo FHC existia a figura do Geraldo Brindeiro, mais conhecido como “Engavetador-Geral da República” e que abafou todos os escândalos com a conivência da imprensa dita “investigativa”. Como disse o próprio presidente: “Nós somos a opinião pública” indicando que é do povo a opinião e não dos donos dos meios de comunicação social. Obviamente, também foi distorcida esta fala.
Hoje tenho a convicção que o voto em Dilma representará uma nova fase no processo de democratização do país. Não fecho os olhos aos problemas ocorridos durante os dois mandatos e tenho consciência da imperfeição de toda e qualquer instituição humana, mas se no Governo Lula tivemos a invasão da “Casa Grande” pela “Senzala”, espero agora a definitiva abolição da escravatura.  No próximo dia 03 de outubro, véspera do dia de São Francisco, estarei digitando o número 13 para presidente e confirmando a esperança depositada já há oito anos em um Brasil melhor.