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BLOG DO LICÍNIO

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Farmacêutico, Professor e Franciscano Secular

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Educação de Nível Superior

Recentemente, em sala de aula, levantei a questão: Que profissional estou ajudando a formar?

Ao meu ver, formação superior vai muito além de aprendizado de técnicas ou o "decoreba" de processos fisiológicos e farmacológicos. Reter informação é diferente de saber aplicá-la.

Não quero parecer saudosista e dizer que antigamente era melhor, pois também questiono a qualidade do aprendizado que recebi. Mas o fato que salta aos olhos é que, a cada dia, são minimizados os conteúdos das disciplinas ficando apenas o "essencial".

A grande pergunta é: O que é essencial?

Segundo Antoine de Saint-Exupéry, " o essencial é invisível aos olhos". E aí? Como ficamos? As faculdades pressionadas pela concorrência, buscam cursos mais curtos e mais baratos. Em outro nível, especialmente no curso de farmácia, a obrigatoriedade da formação de profissionais generalistas, acabam colocando coordenadores de curso e colegiados em uma encruzilhada.

Seleciona-se, pois, aquilo que é fundamental à formação profissional, o que nem sempre significa o essencial. Um bolo pode ter o fundamental: farinha, ovos, leite, etc. Isso até mata a fome, mas se não tiver essência, fica a sensação de incompletude. Perde a graça!

Nossos cursos não podem se ater a dizer que existe a fosforilação oxidativa, é preciso saber o que é isso, para que serve e onde isso muda minha vida.

Certa feita, ao falar de dado tema em uma aula, ouvi de uma aluna: - Professor, para que isso serve para mim? Fiz uma pausa e depois de refletir, respondi: - Para você ser uma pessoa melhor!

Já imaginaram se Einstein, Leonardo da Vinci, Platão, Paracelsus, entre outros, descartassem o essencial e ficassem só com o fundamental? Quando sinto a essência de uma flor, esta me comunica mais que seu aspecto. Gostaria de sentir a essência em meus alunos ao invés de ouvir perguntas do tipo: - Já fez chamada? É pra entregar? Vale ponto? Cai na prova?

Com a queda do socialismo real e a preponderância do neoliberalismo, as relações também se tornaram capitalistas, ou seja, só capto aquilo que serve de imediato. O lúdico perdeu seu espaço, a não ser que gere renda. Por isso, lanço uma campanha:

NÃO AO FARMACÊUTICO GENERALISTA! SIM AO FARMACÊUTICO ESSENCIAL!

7 comentários:

  1. Caro amigo,
    Pelo visto você está só dando aula... não está trabalhando...
    Faz um desse pra mim?
    Bjs, Jane

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  2. LICÍNIO

    PARABÉNS!

    MUITO LEGAL SEU BLOG! BELA INICIATIVA!

    FICO PENSANDO COMO VOCÊ VAI ARRUMAR TEMPO PARA TANTA COISA, ACHO QUE VAI TER QUE SAIR DE MAIS
    DOIS EMPREGO. PELO MENOS PARA TRABALHAR NO SEU BLOG VOCÊ NÃO VAI PAGAR IMPOSTO ACHO!!!!

    ABRAÇO!

    CLAUDINHO

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  3. LICÍNIO

    PARABÉNS!

    MUITO LEGAL SEU BLOG! BELA INICIATIVA!

    FICO PENSANDO COMO VOCÊ VAI ARRUMAR TEMPO PARA TANTA COISA, ACHO QUE VAI TER QUE SAIR DE MAIS
    DOIS EMPREGO. PELO MENOS PARA TRABALHAR NO SEU BLOG VOCÊ NÃO VAI PAGAR IMPOSTO ACHO!!!!

    ABRAÇO!

    CLAUDINHO

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  4. Licínio, parabéns!adorei o blogg e a reflexão!
    acho que esse é um motivo pelo qual nós alunos, futuros praticantes desse ofício devemos brigar, pois só assim seremos valorizados como devíamos ser!
    bijaum...
    camila, sou sua aluna 4º período Newton Paiva

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Ei Licínio!
    Legal o texto.. e ve se nao larga o blog de lado ein?
    Te digo, sem usar as palavras bonitas que você usou, que acho que farmacêutico generalista é uma furada e tanto! Sabe aqueles caras que você paga uns trocados pra ele trocar umas buchas de torneira, limpar a caixa de gordura, consertar um chuveiro e uma telha quebrada na sua casa? O famoso faz tudo, que no fim das contas nao faz nada direito?! É o que eu penso dessa formação superficial que estamos recebendo.. e que com certeza vai formar muitos "farmacêuticos faz tudo" poraí.. agora, cabe ao profissional acordar pra vida e aprofundar naquilo que lhe interessa, mesmo o professor não tendo como materia dada! rsrsrs..
    Quanto ao famoso "vale nota?" ahhhh licinio! a gente também precisa de uma folguinha ne! de uma empurradinha com a barriga de vez em quando! hehehee...

    Parabens pela ideia... e tamos ae!
    abraço!

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  7. bom, o seu texto! simples e

    isso é para que todos vejam que tudo, sim, TUDO, passa pela concepção capitalista do TER e não do SER!

    TER o diplominha de farmaceutico, por exemplo, não implica que o gajo SEJA farmaceutico!

    FORTE abraço!

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